terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aleister Crowley

Edward Alexander Crowley, ou melhor, Aleister Crowley, nascido em Lemington, Inglaterra, em 12 de outubro de 1875, falecido em Netherwood, Hastings, em 1 de dezembro de 1947, se não foi um dos maiores ocultistas do séc. XX, foi pelo menos um dos mais controvertidos

Filho de Família puritana, foi criado na seita dos Irmãos de Plymouth. Desde cedo combateu o Cristianismo, e em 1898 iniciou-se na Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada) que teria uma grande influência na sua vida e na sua obra, assim como na de seu secretário e discípulo Israel Regardie.
Com a morte da mãe, Crowley recebe como herança 40.000 libras. Dinheiro que financiaria as aventuras de sua vida; e quando o dinheiro se extinguiu, Crowley utilizou o dinheiro de diversos benfeitores, entre amigos, discípulos e amantes, que sustentariam seu luxo e suas exentricidades.
A Golden Dawn foi, em muitos aspectos, principal (e talvez o único) ramo do Rosacrucianismo nos últimos 15 anos do séc. XIX. Foi fundada por quatro membros da S.R.I.A. (Societas Rosicruciana in Anglia) - S. L. Mac Gregor Mathers, W. W. Westcott, Woodman e Woodford, segundo manuscritos vindos da Alemanha, fornecidos por uma tal Ana Sprengel. Desenvolveu-se em seu seio estudos aprofundados de Tarot e de Qabalah, assim como de magia.
                                                                     Frases de Crowley
“Cada carta é, em determinado sentido, um ser vivo, e suas relações com as vizinhas são o que poderia-se chamar de diplomáticas. Ao estudante cabe a tarefa de incorporar estas pedras vivas a seu templo vivente” - O Livro de Toth.
“A Magia é a Arte ou a Ciência de causar mudanças com a Força de Vontade”
- O Livro de Thoth.
“Há de se considerar a popularidade pueril do cinema, o rádio e os prognósticos esportivos; as competências da adivinhação e todas as invenções; úteis apenas para satisfazer aos caprichos de algumas crianças mal-criadas que carecem de vontade, de sentido e de propósito” - O Livro da Lei.
“Invoca-me sob as estrelas! O Amor é a Lei, o Amor antes do querer. Que nem os tontos equivoquem o Amor, porque há amor e Amor, existem a pomba e a serpente. Escolha Bem” -
O Livro da Lei.
“A Lei é feita da tua vontade. A Lei é a do Amor, o amor sob tua vontade, não há mais a Lei; faça a tua Vontade” -
O Livro da Lei.
“...A caligrafia do Livro deve ser firme, clara e bela. Na fumaça do incenso é difícil ler os conjuros. E enquanto tenta ler as palavras por entre a fumaça, ele desaparecerá, e terás de escrever aquela terrível palavra: Fracasso.
Mas não existe nem uma só folha do livro na qual não apareça esta palavra; mas enquanto é seguida por uma nova afirmação, ainda nem tudo está perdido, já que desta maneira no livro a palavra Fracasso perde toda a sua importância, da mesma maneira que a palavra êxito não deve ser empregada jamais, porque esta é a última palavra que deve-se escrever no livro, e é seguida por um ponto.
Este ponto não se deve escrever em nenhum outro lugar do livro; porque o escrever neste livro segue eternamente; não há forma de encerrar este diário até que haja alcançado a meta. Que cada página deste Livro esteja repleta de música, porque é um Livro de Encantamentos!”.
Crowley rompeu com todos os moldes ritualísticos então estabelecidos. Se, por um lado, procurou assimilar os conhecimentos clássicos mais diversos, por outro, não hesitou em melhorar tais práticas, introduzindo fórmulas novas e praticando a Magia Verde até níveis que raiavam a obsessão erótica. Foi muito criticado, atacado e caluniado, porém não perturbou. Inclusivamente, encontrava certo prazer em ser o alvo do ódio de uma sociedade que considerava caduca e atrasada. Isso ajudava, além disso, a realçar a sua enigmática figura de mago, posto que ele próprio tinha adoptado os nomes de "o homem mais perverso do mundo" e "a Grande Besta 666" (fazendo referência, com este número, ao Anticristo do Apocalipse).
                   O fim de "A Grande besta"
Crowley morreu de uma degeneração miocardíaca com complicação de bronquite cronica na noite de 1 Dezembro de 1947, em Hastings, com 72 anos. A "irmã" Tzaba, que o assistiu nos momentos cruciais ao passar a grande barreira, recolheu as suas últimas palavras, que foram: "Estou perplexo...".
Na quinta-feira, 5 de Dezembro de 1947, os restos do ousado ocultista inglês foram incinerados no crematório de Brighton. Estiveram presentes no funeral alguns dos seus amigos, discípulos e admiradores: Gilbert Bayley, "irmãs" Tzaba e Ilyarun, "irmãos" Volo Intelligere e Aossic, o poeta Kenneth Hopkings..

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